Talvez em outro tempo
eu soubesse o que fazer. Mas hoje, tão inundado com esses problemas, não
consigo pensar em nada. Não me refiro somente aos problemas práticos e
corriqueiros, mas principalmente aos problemas internos. Sabe, aqueles besouros
que desatinam a nos incomodar.
Quando me ponho a
pensar na grandiosidade da vida e das coisas, percebo que entro em um estado
letárgico. Talvez Platão esteja correto acerca do “mundo perfeito acessível
apenas pela razão”. Quando ouso questionar Deus, quando digo que as coisas para
mim são diferentes, sinto um choque. Algo varre meu ser. Eu não sei o que é, e
não sei se é Deus. Só sei que eu sinto e por nome Dele, percebo que sou
demasiadamente humano.
“Só o sofrimento nos
torna humanos”. Eu concordo com isso, Unamuno. Pois que outro ser sofre como
nós? Que outro ser parece ter uma queda, uma simpatia, um desejo pela dor? Isso
é tão sádico. Mas gostamos, adoramos isso.
Então agora entramos em
amor. O tema parecia inevitável. Somos animais sentimentais fuçando a relva da
vida. Há humanos que conseguem viver sem amor, mas eu me pergunto: Será que
eles são felizes? Duvido.
Mas eu duvido da minha
própria sombra. Eu não tenho o direito de questionar a vida de ninguém. Eu vou
ficar aqui, pensando e comtemplando o vazio.
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