quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ai Dudu

Você se lembra Dudu, de quando você me possuía com fúria naquele cantinho escuro do parque? De como você me conduzia naquele mar de prazer indecente e me dizia que tudo iria ficar bem? Pois eu me lembro. E também me lembro com tamanha facilidade que você era tudo que eu desejava. Que você, Dudu, era o homem da minha vida. Mas tipo, você não se importa. Aqui estou suplicando pela sua atenção, mas você simplesmente prefere as garotas. Ai Dudu, porque você não volta pra mim? Porque você não volta a me dizer que tudo irá ficar bem?

Mas sabe Dudu, estou até indo bem. Há outros garotos interessantes além de você. Na verdade escrevo pra ti apenas pra te dizer o quão estou indo bem. Não, mentira. Eu não estou bem. Ou estou. Eu não sei. Às vezes olho pras ruas esperando te reconhecer naqueles emaranhados de pessoas tristes e cansadas. Mas você não está lá. E sabe Dudu, dou graças a Deus. Pois você é diferente dos outros. Você Dudu, é especial. E sabe o que é pior? Você sabe disso e internamente se gaba. Como você é orgulhoso Dudu! Queria socar esse teu rosto lindo e dizer quão estúpido e egocêntrico você é. Mas mesmo com tudo isso tudo Dudu, eu te amo. E não é aquele tipo de amor de boteco, coisa leviana. É amor mesmo, amor de matar e morrer. Amor de mover céus e terra. Amor, puro e simplesmente amor.

Porque você não volta Dudu? Porque você não diz que sou teu homem também? Sabe, eu sei que sou teu homem. Pois você me dizia isso na hora que atingia o prazer. Mas agora não diz nada. Ai como te odeio Dudu!


Mas volta Dudu. Volta pra este pobre espírito bêbado. Volta Dudu, por favor. Volta a me possuir, volta a me dizer que sou teu. Pois sou teu. Só teu. Teu Dudu. Meu Dudu.

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