Oh meu bem, os dias de
felicidade plena se foram com tua ida. Os cortes em meus braços se abrem toda
que vez que penso em você, em quão felizes éramos.
A dor invade o meu
ser. A DOR INVADE O MEU SER. A DOR IN-VA-DE O MEU SER.
Onde está você meu
amor? Apareça meu amor. A faca está brilhando sinistramente, como se me
tentasse...
Na primeira vez, não
foi fundo o suficiente.
Na segunda vez, foi
razoavelmente fundo.
Na terceira vez,
atingiu enfim a minha veia.
O sangue está saindo
aos borbotões. Está manchando o papel. Onde está você meu amor?
Não sei como tenho
força suficiente para continuar a escrever, mas sei que logo perderei a
consciência.
Há dois dias acordei
no hospital. Você não veio me visitar. Não importa o quão ridículo foi meu ato,
mas custa se importar? Agora vejo que fui tolo por me apaixonar por alguém tão
tosco e tão pobre de espírito como você.
Já estou em casa há
dois dias, e você ainda não veio me visitar. Melhor assim.
Olha que interessante.
Um pássaro fez seu ninho na minha janela, não mais na nossa janela.
Os cortes estão se
cicatrizando, e temo que fiquem marcas. As marcas que me refiro são aquelas
ocultas no lugar que só você tinha permissão.
Um mês, e você mal
falou comigo. Que triste não? Não, talvez não seja mais tão triste assim.
As feridas ainda pulsam
e a dor ainda permanece, mas enfim trunfo sobre loucura e
na angústia, pondo fim ao reinado do amor.
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