terça-feira, 22 de outubro de 2013

Ela e os Fragmentos

Ela tinha sonhos. Confusos, tensos, desconfortáveis. Ela não sabia o que estava acontecendo. Apenas queria que parasse. Ela, tão sentimental. Ela, tão leve. Ela, tão calma. Talvez aqueles sonhos tivessem algum significado, mas eles eram escuros. Tão escuros...
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Uma grande marca se fez no céu. Profunda, forte, intensa. Ela não sabia decifrá-lo, como seus sonhos. Parecia que tudo tinha que ser complicado pra ela. Parecia que Deus não lhe permitia um momento de paz. Ela queria, acima de tudo, amor. Mas ela encontrava amor? Não. Apenas se interessava por coisas e pessoas impossíveis. Mas ela era tão tola, tão sentimental. Os sentimentos seriam sua morte.
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Ela gostava dele. Mas ele gostava dela? Ela achava que não. Talvez estivesse errada. Terrivelmente errada...
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O som dos pássaros não a deixa dormir. Ela sonhava, agora já não dormia. Queria dormir. Queria apagar, nem que fosse por alguns instantes sequer, aquelas marcas. Mas era tão difícil, tão intrínseco a sua alma, que ela estava a ponto de explodir.
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Por um momento, ela achou que tinha visto uma luz no fim do túnel. Via ele no final. Via ele no seu final. Ela não teria final sem ele.
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Seu instinto materno afasta as pessoas, ela sabia. Mas aquilo era irrefreável, impossível de ser controlado. Eles iam embora, e ela não fazia nada...
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Acho que ela não sabia quem era, mas sabia do que não gostava. Feliz aniversário pra ela.
Feliz aniversário pra ela...
Aniversário pra ela...
Pra ela...
Ela...


Admita. Se entregue. Se jogue. Mas você não pode perder tempo, pois você não tem mais tempo pra perder. Mas ele é tão...

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